quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tipos: Diabetes insípido e mellitus tipo 1



Oi, pessoal!


Essa postagem terá como enfoque o diabetes mellitus tipo 1, entretanto, é necessário que, sucintamente, seja feita uma diferenciação entre diabetes mellitus e diabetes insípido. A princípio, pode-se inferir de maneira errônea que são doenças que partilham de muitas semelhanças por possuírem o nome "diabetes", mas a verdade é que possuem apenas alguns sintomas em comum como sede excessiva e poliúria (excessiva liberação de urina) . O diabetes insípido tem quatro causas principais:


- Neurogênica, causada por uma deficiência na produção do hormônio antidiurético (ADH), vasopressina.
- Nefrogênica, causada pela insensibilidade dos rins ao efeito do hormônio ADH, vasopressina.
- Gestacional, causada pela destruição do ADH da mãe por uma enzima produzida na placenta.
- Dipsogênica, causada por uma falha no mecanismo de sede do corpo humano, que se localiza no hipotálamo, e leva o indivíduo a ingerir grandes doses de água que acabam inibindo a liberação do ADH pois abaixam a pressão osmótica do corpo.


Enfim, enquanto a diabetes mellitus relaciona-se fundamentalmente com a falta de insulina no corpo ou a resistência do mesmo a este hormônio, a diabetes insípida associa-se com o descontrole do fluxo de fluidos pela interação falha entre a produção/liberação de ADH e os rins que atuam filtrando e economizando água quando necessário.





A diabetes mellitus tipo 1 é também chamada de diabetes insulino-dependente, entretanto esse termo deveria ser eliminado, pois a classificação da doença é feita pela etiologia e não pelo tratamento administrado. Ela é causada pela degradação das células beta localizadas nas ilhotas de Langerhans do pâncreas e responsáveis pela produção de insulina no corpo humano. 

A causa principal da diabetes mellitus tipo 1 é uma resposta auto-imune do corpo humano sobre as células beta. Embora não seja confirmado, acredita-se que essa reação pode ser desencadeada por uma infecção que acomete o individuo previamente, como caxumba, rubéola, citomegalovírus, sarampo, gripe e poliomielite.

A diabetes mellitus tipo 1 também pode ser causada por traumas, toxinas e cirurgias que inutilizam ou removem parte do pâncreas tornando a produção de insulina muito pequena. As estatísticas sobre a alta incidência familiar da doença, principalmente entre parentes de primeiro grau e gêmeos monozigóticos, indicam que existe também uma relação com a predisposição genética para o desenvolvimento dessa patogenia.
Bem, a insulina é fundamental para a manutenção das células do organismo pois o hormônio participa diretamente do processo de absorção da glucose adquirida através dos alimentos. Sem a presença dessa proteína, as células não são capazes de completar seus processos metabólicos dependentes do açúcar e a pessoa portadora dessa deficiência acaba apresentando diversos quadros característicos de um portador da diabetes mellitus tipo 1. O primeiro sintoma a ser apresentado é a hiperglicemia (elevado nível de glucose no sangue) e este acaba sendo a origem de outros como a glicosúria (excesso de açúcar na urina) para eliminar o excesso de glucose no sangue, e a sensação de sede que se origina do próprio aumento do volume de urina expelido. O emagrecimento do individuo que sofre de diabetes tipo 1 também é evidente, e isso acontece porque o corpo não consegue absorver a maior parte da glucose obtida na alimentação, de forma que a falta de insulina no organismo provoca o aumento da proteinólise (degradação de proteínas, presentes nos músculos, principalmente) e da lipólise (degradação das reservas lipídicas). De todas as complicações que podem ser adquiridas por meio da diabetes mellitus tipo 1, a maior de todas é a cetoacidose diabética, que será detalhada futuramente.
O tratamento da diabetes tipo 1 é realizado com a injeção de insulina sob a pele (subcutâneo) para compensar a insulina que não é produzida pelo corpo, acompanhada com uma dieta alimentar adequada para cada indivíduo, exercícios físicos exames regulares para controlar os níveis de glicose no sangue e na urina.

Bem, espero tê-los ajudado a conhecer um pouco melhor a diabetes mellitus tipo 1. A bioquímica detalhada da doença será melhor apresentada futuramente, provavelmente quando falarmos sobre a liberação da insulina. Até a próxima!

Referências:

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