quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tratamentos - Diabetes tipo I

Oi, galera!

Estamos chegando ao fim de nossas postagens. :'(

Por isso, depois de analisar tantos aspectos de uma das doenças mais comuns no nosso país, a Diabetes, temos que mostrar os possíveis tratamentos para controlar esse mal.

Como já sabemos, temos dois tipos de Diabetes causados por causas distintas, e, portanto, os tratamentos para as mesmas serão diferentes. Por isso, no post de hoje, vamos falar sobre os tratamentos da diabetes tipo I.

O tratamento da diabetes tipo I consiste basicamente em:
  • terapia médica nutricional (dieta);
  • exercícios físicos e ;
  • insulinoterapia.

Vamos nos deter na insulinoterapia. No post de Diabetes Mellitus tipo I, você viu que essa disfunção é causada porque o organismo não secreta insulina. Portanto, é necessária a reposição desse hormônio, a insulinoterapia. Essa insulina será absorvida da mesma forma que em um organismo saudável, como já foi descrito em Absorção da Insulina.

Como já foi dito anteriormente, a insulina administrada aos diabéticos, que era de origem animal, hoje foi substituída pela insulina produzida por meio do DNA recombinante. E, assim, por meio da engenharia molecular, sugiram tipos de insulina com curta ou longa ação.

Essa velocidade da ação do hormônio dependerá da composição do tampão, da estrutura proteica e da via de administração do hormônio. Dessa forma, temos insulinas de ações (ultra)rápida, intermediária e (ultra)lenta.
  • A insulina de ação rápida ou ultra-rápida são geralmente aplicadas nas vias endovenosa, muscular e subcutânea, e são utilizadas, normalmente, antes das refeições para o melhor controle dos picos glicêmicos. Podem ser de origem humana ou análogos, como a insulina lispro e a insulina aspart.
  • A insulina de ação intermediária funciona assim devido a adição de protamina e zinco, ou apenas zinco, no tampão da solução de insulina, e, desse modo, quando aplicada no subcutâneo, forma cristais tornando a sua liberação mais lenta. Deve ser aplicada 2 vezes ao dia, uma 20 minutos antes da primeira refeição e outra antes do paciente se deitar.
  • A insulina de ação lenta ou ultra-lenta é produzida da mesma forma que a de ação intermediária, porém a adição de protamina e zinco é maior, por isso, o cristal formado é maior também, prolongando a ação do hormônio. Há também um análogo, a insulina glargina, que, em pH subcutâneo, precipita, sendo sua absorção bem mais lenta. Esse tipo de insulina requer apenas 1 aplicação ao dia, sendo utilizada juntamente com a insulina de ação rápida antes das refeições.

Existem estudos para produzir um novo tipo de insulina: a insulina inalatória. Já é comprovado que se respirarmos insulina, conseguimos absorvê-la nos alvéolos. Ainda é necessário melhorar a técnica, mas já podemos considerar um grande avanço, e, se concretizada, uma grande melhora na qualidade de vida dos diabéticos tipo I.

O principal efeito colateral da insulinoterapia é a hipoglicemia (curioso, não?). Isso acontece pela não diminuição do uso de glicose nas células, não liberação de AGL pelas células do tecido adiposo e consequente supressão da secreção de glucagon. A hipoglicemia é perigosa porque é silenciosa. Em uma pessoa normal, se manifesta, geralmente, quando o nível glicêmico atinge 55mg/dL. Porém, quando sua frequência é muito alta, esse nível diminui e se torna altamente danosa ao sistema nervoso central (SNC), podendo levar a convulsões, coma e morte.


Sintomas da Hipoglicemia


Um tratamento mais eficaz seria o transplante de pâncreas ou de células beta do pâncreas, porém, no caso do transplante de pâncreas é necessário passar por uma imunossupressão prolongada , sendo, assim, indicado apenas em fase tardia de microangiopatia. Já no caso das células beta, a técnica ainda precisa ser aperfeiçoada.

Espero que tenham gostado!


Referências bibliográficas:



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