quarta-feira, 29 de junho de 2011

Tratamentos - Diabetes tipo II



Oi gente!

Agora, vamos mostrar os tratamentos possíveis para a Diabetes Mellitus tipo II.

Com certeza, o diabético tipo II deve manter uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos. A insulinoterapia também pode ser aplicada no tratamento, da mesma forma que foi explanado em tratamentos de diabetes tipo I. Ela passa a ser utilizada, normalmente, depois de alguns anos da doença. Normalmente, para haver o controle da doença mantém-se o uso de antidiabéticos orais.

O que são antidiabéticos orais?

Antidiabéticos orais são medicamentos utilizados para obter a diminuição da resistência a insulina, ou estimular a secreção de insulina, ou diminuir a absorção de glicose pelo intestino.

O esquema abaixo mostra simplificadamente como os antidiabéticos orais devem ser ministrados no desenvolver da doença.


Entre os medicamentos que reduzem a resistência á insulina, temos Metformina (comercializada como Glifage, Dimefor, Glucoformin, Glucophage) e Tiazolidinedionas ou Glitazonas.

A Metformina melhora a ação da insulina no fígado, diminuindo a produção hepática da glicose em 10 a 30% e, no músculo, aumentando a captação de glicose em 15 a 40%. No adipócito, a metformina inibe a quebra de lipídeos e a disponibilidade de ácidos graxos livres. Acredita-se que esta droga aumenta o número e melhora a afinidade dos receptores de insulina, tanto no adipócito, quanto no músculo.

As Tiazolidinedionas agem aumentando e sensibilizando a ação da insulina no fígado, músculos e adipócitos, diminuindo a resistência periférica. Elas ativam os receptores nucleares intracelulares (PPAR-g, peroxisome proliferator activated receptor) que regulam a expressão de genes que afetam o metabolismo glicídico e lipídico, responsáveis pela captação de glicose mediada por insulina nos tecidos periféricos e pela diferenciação de pré-adipócitos em adipócitos, entre outros efeitos. As tiazolidinedionas aumentam a expressão dos transportadores de glicose (GLUT4), da lipoproteína lipase e reduzem a expressão da leptina e do fator de necrose tumoral (TNF-alfa).

Entre os medicamentos que induzem a secreção de insulina, temos as Sulfolinuréias e as Glinidas. Ambas agem nas células beta do pâncreas, inibindo os canais de KATP, despolarizando a célula beta pancreática e estimulando o influxo de Ca2+ e a secreção de insulina. Porém as glinidas possuem ação mais rápida e de menor duração.

E, para finalizar, entre os medicamentos que diminuem a absorção de glicose no intestino, temos a Acarbose, que age como antagonista enzimático da amilase e sucrase e diminue a absorção intestinal da glicose. Estas medicações não interferem na secreção de insulina, e diminuem a glicemia de jejum e a hiperglicemia pós-prandial (nível alto de glicose após a refeição).



A indicação da insulina no tratamento da diabetes tipo II reserva-se para diabéticos sintomáticos, com hiperglicemia severa, com cetonemia ou cetonúria, mesmo recém-diagnosticados, ou para diabéticos que não respondam ao tratamento com dieta, exercício e anti-diabéticos orais. Os esquemas de administração de insulina são múltiplos. Alguns estudos sugerem que o uso de insulina de ação intermediária ao deitar associada a anti-diabético oral durante o dia é uma boa opção.

Bom, pessoal, essa foi uma explanação simples sobre os medicamentos indicados para o tratamento da diabetes tipo II. Se possível, assistam ao seminário do grupo diabetes e poderão ver uma explicação mais aprofundada. :)

Espero que tenham gostado!

Referências Bibliográficas:






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