Existem várias pesquisas buscando por um tratamento baseado apenas na alimentação de baixo índice glicêmico e em atividades físicas regulares, sem o uso de medicamentos. Apesar de que as vezes, a intervenção com medicamentos ser necessário, não se deve desconsiderar a importância da alimentação para a prevenção da diabetes e para o controle da glicemia. Afinal de contas, a glicose em excesso no sangue, que traz tantos prejuízos para o diabético, é completamente adquirida pelo alimento ingerido.
terça-feira, 31 de maio de 2011
De olho na alimentação
Existem várias pesquisas buscando por um tratamento baseado apenas na alimentação de baixo índice glicêmico e em atividades físicas regulares, sem o uso de medicamentos. Apesar de que as vezes, a intervenção com medicamentos ser necessário, não se deve desconsiderar a importância da alimentação para a prevenção da diabetes e para o controle da glicemia. Afinal de contas, a glicose em excesso no sangue, que traz tantos prejuízos para o diabético, é completamente adquirida pelo alimento ingerido.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Absorção da Insulina
Transporte de glicose
A cinética do transporte de glicose mediado por proteínas GLUT segue o padrão de Michaelis – Menten para a cinética enzimática, ou seja, a velocidade de transporte é tanto maior quanto maior a concentração de substrato (glicose) e de enzima (GLUT). Inicialmente tem-se uma relação praticamente linear entre tais variáveis, até que atinge-se um valor máximo de concentração de substrato, no qual diz-se que o transportador está saturado. Existem diversos tipos de transportadores GLUT, sendo os principais os tipos 1, 2, 3 e 4. Nos interessa, porém, apenas este último.
GLUT 4
GLUT4 são transportadores insulina-dependente, mais abundantes nas membranas celulares do músculo esquelético, cardíaco, tecido adiposo e no fígado. Neste a insulina inibe a glicogenólise e a gliconeogênese e estimula a síntese de glicogênio. Na musculatura esquelética ela estimula a captação de glicose e síntese de glicogênio, e no tecido adiposo estimula a captação de glicose e redução da liberação de ácidos graxos e síntese de triglicerídeos. Também estimula a entrada de aminoácidos nas células para promover a síntese protéica. O transportador possui a menor cinética da família dos GLUT, mas grande afinidade. A figura acima representa a estrutura dos transportadores GLUT4.
Sem estimulação a densidade do GLUT4 na membrana é extremamente baixa, estando presente em vesículas citoplasmáticas. A quantidade de vesículas é variável. Após a estimulação pela insulina, esses transportadores são translocados para a membrana e o transporte de glicose é aumentado.
Os níveis de GLUT4 nos adipócitos e músculos são diretamente influenciados pela dieta e pela quantidade de esforço muscular que o indivíduo realiza. Estes tópicos, porém, serão melhor abordados em outros posts.
A sinalização intracelular da insulina começa com a sua ligação a um receptor específico de membrana (veja a figura ao lado), uma proteína heterotetramérica com atividade quinase, composta por duas subunidades a e duas subunidades b, que atua como uma enzima alostérica na qual a subunidade a inibe a atividade tirosina quinase da subunidade b. A ligação da insulina à subunidade a permite que a subunidade b adquira atividade quinase levando a alteração conformacional e autofosforilação, que aumenta ainda mais a atividade quinase do receptor.
-Os Substratos do Receptor de Insulina
Uma vez ativado, o receptor de insulina fosforila vários substratos protéicos em tirosina. Atualmente, dez substratos do receptor de insulina já foram identificados. Quatro desses pertencem à família de proteínas IRS. Outros substratos incluem Shc, Gab-1, p60dok,Cbl, JAK2 e APS. A fosforilação em tirosina das proteínas IRS cria sítios de reconhecimento para moléculas contendo domínios com homologia a Src 2 (SH2). Dentre estas se destaca a fosfatidilinositol 3-quinase (PI 3-quinase).
-Inibição da Sinalização do Receptor de Insulina
O receptor de insulina, além de ser fosforilado em tirosina, também pode ser fosforilado em serina, o que atenua a transmissão do sinal através da diminuição da capacidade do receptor em se fosforilar em tirosina após estímulo com insulina. Essas fosforilações inibitórias causam feedback negativo na sinalização insulínica e podem provocar resistência à insulina.
A ação da insulina também é atenuada por proteínas fosfatases de tirosina, que catalisam a rápida desfosforilação do receptor de insulina e de seus substratos.
-A PI 3-quinase
Atualmente, a A Fosfatidilinositol 3 quinase (PI 3-quinase) é a única molécula intracelular considerada essencial para o transporte de glicose estimulado pela insulina. A enzima catalisa fosforilação dos fosfoinositídeos na posição 3 do anel de inositol produzindo fosfatidilinositol-3-fosfato, fosfatidilinositol-3,4-difosfato e fosfatidilinositol-3,4,5-trifosfato.
-A Via CAP/Cbl
Além da ativação da PI 3-quinase, outros sinais também são necessários para que a insulina estimule o transporte de glicose. Essa segunda via envolve a fosforilação do protooncogene Cbl. Na maioria dos tecidos sensíveis à insulina, Cbl está associado com a proteína adaptadora CAP. Após a fosforilação, o complexo Cbl-CAP migra para a membrana celular e interage com a proteína CrkII, que também está constitutivamente associada com a proteína C3G. A C3G é uma proteína trocadora de nucleotídeos que catalisa a troca de GDP por GTP da proteína TC10, ativando-a. Uma vez ativada, TC10 causa um segundo sinal para a translocação da proteína GLUT4, em paralelo à ativação da via da PI 3-quinase.
Regulação da Síntese de Glicogênio
A insulina também inibe a produção e liberação de glicose no fígado através do bloqueio da gliconeogênese e glicogenólise. A insulina estimula o acúmulo de glicogênio através do aumento do transporte de glicose no músculo e síntese de glicogênio em fígado e músculo. Este último efeito é obtido via desfosforilação da enzima glicogênio-sintetase. Após estímulo com insulina, a proteína Akt fosforila e inativa a GSK-3, o que diminui a taxa de fosforilação da glicogênio-sintetase, aumentando sua atividade. A insulina também ativa a proteína fosfatase 1, por um processo dependente da PI 3-quinase, que desfosforila a glicogênio sintetase diretamente.
Na neoglicogênese, a insulina inibe diretamente a transcrição de genes que codificam a fosfoenolpiruvato carboxiquinase (PEPCK), enzima chave no controle desse processo. O hormônio também diminui a taxa de transcrição do gene que codifica a frutose-1,6-bifosfatase e a glicose-6-fosfatase e aumenta a transcrição de genes de enzimas glicolíticas como a glicoquinase a piruvato quinase. As vias de sinalização que regulam a transcrição desses genes permanecem desconhecidas, mas envolvem a Akt e fatores de transcrição de transcrição específicos.
Referências:
http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/restrito/pdf/transp_glicose.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000400013
Bioquímica Básica, Bayardo B. Torres / Anita Marzzoco, 2ª Ed.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Secreção da insulina
Primeiramente, é necessário fazer referencia à importância de se compreender o mecanismo pelo qual a ação do hormônio é regulado no organismo. Os estudos sobre as vias que influenciam e são influenciadas pela insulina tem sido estudadas a fim de conhecer melhor o hormônio vinculado à diabetes, obesidade e acromegalia.
A secreção de insulina pode ser estimulada por diversas substancias como aminoácidos, lipídeos, medicamentos e principalmente pela glicose.
Referências:
terça-feira, 24 de maio de 2011
Insulina
Oi gente! Voltei, e agora para falar de algo mais bioquímico! Hehe. Hoje vamos falar sobre uma molécula muito importante e que a todo o momento é citada em nosso blog, a insulina. Pretendo falar nesse mesmo post sobre a função, a produção, o histórico e a estrutura dessa molécula tão essencial em nossas vidas.
Então vamos lá!
Função da insulina
Sua principal função é regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos do corpo, com exceção do cérebro. Ela aumenta a velocidade de transporte da glicose para dentro das células musculares e do tecido adiposo. Com a captação da glicose, se ela não for imediatamente catabolizada como fonte de obtenção energética, gera-se glicogênio nos músculos e triglicerídeos no tecido adiposo. Ou seja, o efeito da insulina é hipoglicemiante, visto que reduz a glicemia sangüínea.
Produção de insulina
A insulina é um hormônio produzido pelo nosso organismo nas células beta dos pâncreas e muitas vezes, por uma disfunção nessa produção, é necessária uma reposição de insulina para indivíduos diabéticos.
Há um tempo atrás esse hormônio era extraído do pâncreas de animais que também sintetizam insulina e então aproveitado para fazer essa reposição nos organismos. Porém essa técnica não era a mais recomendada, pois o hormônio, por muitas vezes, não era compatível com o organismo humano e podia gerar efeitos colaterais, como erupções na pele e reações alérgicas, que resultavam em perda de tecido nos locais da injeção.
Com o aumento nas pesquisas sobre esse hormônio, outra técnica foi desenvolvida. A insulina passou a ser produzida em outros organismos utilizando o DNA recombinante. Essa técnica consiste em introduzir em bactérias o gene da pró-insulina humana, precursor da insulina ativa, de forma que esta passe a produzir o hormônio em grandes quantidades. O plasmídeo é cortado com enzimas de restrição e misturado com uma amostra contendo fragmentos de restrição (que contêm o gene que codifica para a insulina) produzidos por clivagem de DNA com a mesma enzima de restrição. Com auxílio de uma DNA ligase, temos a formação de um plasmídeo recombinante. E a partir disso, a produção de insulina pelo microorganismo.
Na nossa universidade, essa técnica foi desenvolvida em bactérias comuns na flora intestinal humana, como a bactéria Escherichia coli. Confira esse trabalho no seguinte link:http://www.redetec.org.br/inventabrasil/biobras.htm
Estrutura da insulina
A molécula de insulina é um polipeptídeo que possui duas cadeias A e B, ligadas por duas pontes dissulfeto entre as cadeias, que conectam os aminoácidos A7 ao B7 e A20 ao B19. Uma terceira ponte dissulfeto na cadeia A liga os resíduos A6 e A11. A estrutura covalente da insulina humana é apresentada abaixo:
Quando a molécula de insulina liga-se ao seu receptor ocorre um sinal que promove a translocação de vesículas que contém transportadores para glicose. Estas vesículas aumentam a população de Glut 4 na superfície da célula, favorecendo assim a regulação da entrada de glicose.
Breve histórico
A descoberta da insulina foi uma das maiores descobertas da medicina, pois permitiu a sobrevivência de milhares de indivíduos com diabetes. Esse grande feito foi realizado na universidade de Toronto pelos pesquisadores Banting, Best, Collip e MacLeod, o que rendeu o prêmio Nobel em Medicina. Em 12 de janeiro de 1922, foi aplicada em um paciente humano a primeira injeção de insulina com finalidade terapêutica e Leonard Thompson foi o primeiro paciente a se beneficiar deste tratamento. Após obtenção de um extrato mais refinado da substância, houve redução acentuada da glicemia, o paciente recuperou peso e viveu por 13 anos, vindo a falecer aos 27 anos de pneumonia. Logo vários outros pacientes foram beneficiados com a insulinoterapia e a sobrevida média de pacientes após diagnóstico de diabetes aumentou consideravelmente. Porém, era clara que a insulina administrada, ainda necessitava de melhorias.
A estrutura exata da insulina foi descrita por Frederick Sanger, o qual recebeu o prêmio Nobel em química de 1958. Isso facilitou muitos os estudos e técnicas mais elaboradas para a produção de insulina puderam ser desenvolvidas.
Em 1978 foi anunciada a produção de insulina humana. Foi produzida por DNA recombinante, em que o gene da insulina é inserido no genoma da bactéria Escherichia coli ou no fungo Saccharomyces cerevisiae. Em 1980, tornou-se amplamente utilizada. A insulina humana tem como vantagem a menor imunogenicidade, menos reações locais e menor indução de anticorpos.
Outro ponto importante da evolução da insulinoterapia foi a forma de administração. Em 1944, foi desenvolvida uma seringa específica para administração de insulina. Em 1986, as canetas de aplicação foram introduzidas no mercado, tornado mais prática a aplicação.
Na década de 1980, surgiram as bombas de insulina para infusão de insulina contínua por via subcutânea. Atualmente seus dispositivos são pequenos, de fácil manuseio. São utilizadas apenas insulinas ultra rápidas com infusão contínua. Desta forma consegue-se mimetizar de forma bem próxima a secreção fisológica de insulina.
Vendo todos esses aspectos da insulina, percebemos a grande importância dos estudos nessa área e a grande mudança na vida dos diabéticos graças a sua produção artificial e em larga escala. Espero que tenham gostado das informações. Até a próxima!
Referências:
http://www.fisiculturismo.com.br/artigo.php?id=217
http://users.med.up.pt/med05009/bcm/aplicacoes.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/insulina-e-diabetes1.htm
http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2000/insulina/principal.htm
http://www.emtd.com.br/diabetes/diabetes_hist_insulina.htm
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Hemoglobina glicada
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Epidemiologia do diabetes e o papel da medicina social no combate à doença
Agora, um pouco de Epidemiologia...
Referências:
http://www.fasb.edu.br/revista/index.php/conquer/article/viewFile/88/65
http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/07.pdf
http://en.wikipedia.org/wiki/Diabetes
Cetoacidose Diabética
É importante reconhecer os sinais de aviso da cetoacidose, de modo que sejam tomadas medidas imediatas. As causas mais comuns são:
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Fatores de risco para Diabetes - Pré-diabetes
No atual momento, no qual a Diabetes é uma doença muito frequente na população, considero importante falar sobre os fatores de risco que envolvem essa doença.
No momento os cientistas não sabem exatamente o que faz o sistema imunológico atacar as células, mas eles acreditam que tanto fatores genéticos quanto ambientais, como vírus, estejam envolvidos.
Em 2003, a Federação Internacional do Diabetes – FDI divulgou que há mais de 300 milhões de pessoas no mundo com pré-diabetes. Este número mostra que a cada 10 pessoas, aproximadamente uma tem pré-diabetes.
Estudos também mostram que uma pessoa que tem pré-diabetes tem risco maior de ter infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (derrame cerebral), problemas nos olhos, nos rins, nos nervos e nos vasos sangüíneos, comparados com uma pessoa que não tem pré-diabetes.
Referências biblográficas:
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Tipos: Diabetes mellitus tipo 2
Diabetes mellitus tipo 2, também chamada de insulino-independente, é causada pela resistência aos efeitos da insulina, isto é, existe a produção do hormônio, mas a taxa de glicose no sangue permanece elevada. Um dos efeitos da insulina é a formação de glicogênio no fígado, a partir de moléculas de glicose. Pode-se dizer então que a insulina favorece a absorção de glicose pelo fígado. Quando o hormônio não consegue estimular as células adequadamente, o açúcar não ingressa nas células, gerando uma hiperglicemia. Esse problema ocorre principalmente nas células musculares, que consomem cerca de 80% da glicose ingerida.
Essa versão da doença é de 8 a 10 vezes mais comum que o diabetes mellitus tipo 1, sendo mais frequente em pessoas com mais de 40 anos de idade, que têm histórico de diabetes na família e, principalmente, em pessoas obesas. Percebe-se que em situações de escassez de alimentos, a incidência de diabetes mellitus tipo 2 é baixa. Analisemos o caso dos índios Pima. Eles vivem no México, e apresentam uma taxa de prevalência da doença de 8%, bastante diferente da taxa de incidência nos Estados Unidos da América, que gira em torno de 50%. Isso ocorre porque a oferta de alimentos, principalmente aqueles ricos em gordura, é muito maior nos Estados Unidos, além do fato de que aqueles que vivem na potência mundial apresentam um estilo de vida mais sedentário do que aqueles que vivem no país latino.
O hormônio insulina, produzido pelas células beta das ilhotas de Langerhans, necessita ligar-se a receptores protéicos localizados na superfície da membrana plasmática das células-alvo. Ao ocorrer essa ligação, são gerados sinais químicos que culminarão na entrada de glicose na célula, com o auxílio das permeases GLUT (glucose-transporters, ou transportadoras de glicose, em inglês), proteínas de membrana sensíveis aos estímulos provocados pela insulina (Veja o vídeo abaixo). Estabelecida a ligação, o receptor e o hormônio são internalizados e, posteriormente, nos lisossomos, ocorrerá a degradação do hormônio e de parte do receptor. A outra parte do receptor é reciclada para a membrana. Dessa forma, percebe-se que há uma diminuição gradativa da quantidade de receptores presentes na membrana. Quando cessa o estímulo hormonal, os receptores são produzidos por síntese protéica e sua quantidade volta ao normal. A situação exposta acima é a que ocorre em um organismo normal. Vejamos o que ocorre no indivíduo diabético.
Se o nível de insulina for mantido alto, ou seja, se o hormônio precisar ser produzido com uma freqüência muito grande, o número de receptores irá diminuir e, como o estímulo será praticamente constante, a longo prazo a consequência será que as células perderão a capacidade de repor os receptores. Dessa forma, elas não serão mais estimuladas pelo hormônio e a taxa de glicose no sangue continuará alta. Nesse momento, diz-se que o indivíduo apresenta resistência à insulina, ou seja, o hormônio não mais é capaz de sensibilizar as células. É um sinal inequívoco de diabetes mellitus tipo 2. Mas a coisa não pára por aí: a persistência da alta glicemia leva o pâncreas a continuar produzindo altas quantidades de insulina (quadro de hiperinsulinemia). Caso esse quadro persista por muito tempo, as células beta das ilhotas de Langerhans atingirão a exaustão e não serão mais capazes de produzir insulina adequadamente (falência das ilhas de Langerhans).
Os sintomas dessa doença incluem aumento na micção, com a urina apresentando alto teor de glicose, sede excessiva, visão embaçada, dificuldade na cicatrização, sensações de formigamento, coceira e queimação na pele das mãos e dos pés. O diagnóstico é feita por meio de um teste de glicemia. Quando no jejum for maior que 126 mg/dL ou quando 2 horas após ingerir 75g de glicose, ela for maior que 200 mg/dL, a pessoa tem diabetes.
Referências:
Bioquímica Básica - Anita Marzocco E Bayardo Baptista-2ª ed.-editora Guanabara Koogan.
http://www.diabetes.org.br/diabetes-tipo-2
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?127
http://saude.hsw.uol.com.br/diabetes-tipo-2.htm
http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3226&ReturnCatID=1764
http://www.scienceinschool.org/2006/issue1/diabetes/portuguese
http://www.portalendocrino.com.br/
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Tipos: Diabetes insípido e mellitus tipo 1
Essa postagem terá como enfoque o diabetes mellitus tipo 1, entretanto, é necessário que, sucintamente, seja feita uma diferenciação entre diabetes mellitus e diabetes insípido. A princípio, pode-se inferir de maneira errônea que são doenças que partilham de muitas semelhanças por possuírem o nome "diabetes", mas a verdade é que possuem apenas alguns sintomas em comum como sede excessiva e poliúria (excessiva liberação de urina) . O diabetes insípido tem quatro causas principais:
- Neurogênica, causada por uma deficiência na produção do hormônio antidiurético (ADH), vasopressina.
- Nefrogênica, causada pela insensibilidade dos rins ao efeito do hormônio ADH, vasopressina.
- Gestacional, causada pela destruição do ADH da mãe por uma enzima produzida na placenta.
- Dipsogênica, causada por uma falha no mecanismo de sede do corpo humano, que se localiza no hipotálamo, e leva o indivíduo a ingerir grandes doses de água que acabam inibindo a liberação do ADH pois abaixam a pressão osmótica do corpo.
Enfim, enquanto a diabetes mellitus relaciona-se fundamentalmente com a falta de insulina no corpo ou a resistência do mesmo a este hormônio, a diabetes insípida associa-se com o descontrole do fluxo de fluidos pela interação falha entre a produção/liberação de ADH e os rins que atuam filtrando e economizando água quando necessário.
A diabetes mellitus tipo 1 é também chamada de diabetes insulino-dependente, entretanto esse termo deveria ser eliminado, pois a classificação da doença é feita pela etiologia e não pelo tratamento administrado. Ela é causada pela degradação das células beta localizadas nas ilhotas de Langerhans do pâncreas e responsáveis pela produção de insulina no corpo humano.
A causa principal da diabetes mellitus tipo 1 é uma resposta auto-imune do corpo humano sobre as células beta. Embora não seja confirmado, acredita-se que essa reação pode ser desencadeada por uma infecção que acomete o individuo previamente, como caxumba, rubéola, citomegalovírus, sarampo, gripe e poliomielite.
A diabetes mellitus tipo 1 também pode ser causada por traumas, toxinas e cirurgias que inutilizam ou removem parte do pâncreas tornando a produção de insulina muito pequena. As estatísticas sobre a alta incidência familiar da doença, principalmente entre parentes de primeiro grau e gêmeos monozigóticos, indicam que existe também uma relação com a predisposição genética para o desenvolvimento dessa patogenia.
Bem, espero tê-los ajudado a conhecer um pouco melhor a diabetes mellitus tipo 1. A bioquímica detalhada da doença será melhor apresentada futuramente, provavelmente quando falarmos sobre a liberação da insulina. Até a próxima!
http://www.diabetesinsipidus.org/4di_di_vs_dm.htm
http://www.infoescola.com/sistema-endocrino/ilhotas-de-langerhans/
http://www.diabetes.org.br/educacao/docs/diretrizes.pdf
http://www.endocrineweb.com/conditions/type-1-diabetes/type-1-diabetes
http://www.umm.edu/endocrin/diabmel.htm
http://www.endocrineweb.com/conditions/diabetes/diabetes-what-insulin
http://www.portaldiabetes.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=457
http://www.fmrp.usp.br/revista/2003/36n2e4/27cetoacidose_diabetica_estado_hiperglicemico_hiperosmola.pdf
terça-feira, 3 de maio de 2011
Visão Geral
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Histórico
fome (polifagia)
sede (polidipsia)
urina excessiva (poliúria)
fraqueza (poliastenia)
Galeno, contemporâneo de Areteu, também se referiu a diabetes, como a incapacidade dos rins de reter água como deveriam.
Mas foi o francês Michel Chevreul quem descobriu que o açúcar presente na urina dos diabéticos era a glicose, assim no início do século XIX passou-se a usar um aparelho científico para medir a taxa de glicose na urina, o diabetômetro.
Em 1889, Joseph Mehring e Oskar Minkowski, descobriram a importância do pâncreas para o metabolismo sanguíneo, ao retirar este órgão de um cão e observar o surgimento de diabetes no animal. A partir desse conhecimento, os estudos se direcionaram para o que viria a ser uma das maiores conquistas médicas do século XX: a descoberta da insulina e de seu funcionamento.
Sharpey-Shafer denominou como insulina a substância química produzida no pâncreas pelas ilhotas de Langerhans (nome dado em homenagem ao alemão Paul Langerhans) e sugeriu que ela estivesse ausente nos diabéticos. Esse marco ocorrido em 1910 abriu o caminho para os cientistas do século XX descobrirem o funcionamento da insulina.
Finalmente, em 1921, os canadenses Frederick Banting e Charles Best conseguiram isolar a insulina, demonstrar seu efeito hipoglicêmico e produzi-la em massa. Essa conquista rendeu aos cientistas o Nobel da medicina de 1923. Mais importante, rendeu a sociedade um tratamento eficaz para todos os portadores de diabetes e permitiu que eles finalmente pudessem levar uma vida normal.
Basting e Best |
Bibliografia
http://www.adj.org.br/site/internas.asp?area=9933&id=610
domingo, 1 de maio de 2011
Sejam bem vindos!
O grupo é formado por:
O grupo pretende definir e diferenciar os tipos de diabetes mellitus. Relacioná-la com a alimentação e com as práticas de saúde. Além de manter o blog atualizado com as novas descobertas relacionadas ao tratamento.
Queremos começar com uma pergunta simples, mas que pode gerar muito debate: o correto é o diabete ou a diabete? Então, antes que vocês nos achem analfabetos, saibam que diabetes é um substantivo de dois gêneros, portando pode ser a diabete, o diabete, a diabetes ou o diabetes, todos estão corretos.
Também queremos informar desde já que o programa Fantástico da Rede Globo está com um quadro sobre Diabetes apresentado pelo Dr. Drauzio Varella. O programa está bem esclarecedor, com muitas informações e uma oportunidade de se conhecer melhor a realidade dos diabéticos para quebrar o preconceito que os acometem.
Por favor, sintam-se a vontade para nos mandar dúvidas, sugestões e críticas.
Esperamos que gostem.